segunda-feira, 20 de julho de 2009

vamos fugir


Longe de qualquer lugar que vocês costumam chamar de civilização..."o vai e vem das ondas me deixam em paz..." Os ruídos dos motores, a televisão, o corre-corre e o caos visual da 3ª maior cidade da Bahia vai ficando pra traz, o cheiro de asfalto vai se confundindo com o cheiro de mato seco, e o barulho estressante dos carros de som vai dando lugar a um reggae bem raiz, de longe ela escuta um barulho de água, é a primeira cachoeira, tão grande quanto o tamanho de seus sonhos, ia se jogar de lá, quando viu "o mar se apaixonando por uma lagoa", se banhou nas aguas claras, subiu o morro e de lá viu o mundo do alto, percebeu que era uma pontinha de areia "no olho do furacão", se jogou ao infinito, achou que voava, mas era a uma tirolesa que estava amarrada, caiu no mar, abriu os olhos e o sol só esperava aquele momento pra se pôr e avisar que o maior espetáculo do mundo quase sempre nem é observado, é natural e belo, sentou na areia daquela praia deserta, sentiu afundar... foi engolida por uma onda gigante e de repente já se percebeu num mergulho onde as águas eram azuis, viu golfinhos e peixes, estrelas do mar e algas, as sensações se misturaram e quando se deu conta tinha acabado de acordar na frente da mesa do computador, sua coluna latejava de dor e seus olhos cansados desejavam voltar pro sonho, bastou olhar pra mala vazia no canto do quarto, e se lembrou dos biquines que não havia separado, decidiu arrumar a mala e decidiu que vai embora sem deixar noticia que é pra ninguem saber, onde ela anda, o que que ela anda pensando, o que que ela anda fazendo não interessa a ninguém, além dele e dela...


escrito em: 27/09/07

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