segunda-feira, 20 de julho de 2009

Labirintos particulares


É tão estranho recordar de repente de alguma coisa, que parecia esquecida ou até mesmo enterrada nos labirintos de sua memória, é... as vezes por meio de um lugar, um livro, uma pessoa, um conto... ou uma... música, a gente acaba recordando coisas que já havia parado de se dar conta. No meu caso foi uma lembrança tão boa e não mais antiga... e tudo começou por conta de uma música de Beethoven, passada por um link via msn por um amigo, no começo nem tava gostando muito de "ter" que escutar a música, afinal não tava afim de ter que pausar Teatro Mágico, mas foi começar a escutar a música e o som não me era estranho, e aos poucos fui viajando, parecia que eu tinha entrado num túnel do tempo literalmente, e me vi no meu aniversário de três anos, dos presentes que ganhei não lembro bem, mas o que mais chamou minha atenção foi um porta jóias, em formato de coração, tinha uma bailarina na tampa, e quando eu o abria, executava justamente a música que eu estava escutando... nossa, e essa música me fez lembrar de tanta coisa dessa época, bem como qual teria sido o fim daquela caixinha de música, ou porta jóias como quiserem... pensei, pensei e acabei lembrando... eu sempre tive horror a bailarinas, talvez a origem do trauma tenha sido no ballet, pois todas a "pequenas bailarinas" era tão insuportáveis a ponto de eu sair chorando no final de cada aula. Entretanto sempre foi desejo de minha mãe me ver escalando por ai, fazendo aqueles gestos frescos, e andando com aquelas garotinhas metidas a gente, sempre odiei ir ao ballet, a não ser pelo fato de perto da escola tinha uma praça cheia de flores, árvores, além do mais eu podia ir de bicicleta, fora isso, a aula parecia não ter fim...então voltando a caixinha... parecia que cada nota da musica me fazia lembrar de mais alguma coisa, então essa mesma música me remeteu a Setembro de 1995, minha mãe pretendia fazer um aniversario a fantasia, e como eu queria que ela comprasse uma fantasia da minnie.... mas pra minha decepção, quando desembrulhei a caixa, havia uma fantasia de bailarina, nessa época claro, eu já não fazia mais balé, e minha mãe tentava me estimular pra voltar, achou que a fantasia me faria bem... nossa, eu fiquei com tanta raiva que sai batendo o pé, dizendo que não ia usar, mas eu sabia que ela não compraria outra fantasia, então olhei pra penteadeira e estava em cima nada mais nada menos do que a caixinha de musica, tocando a musica de Beethoven, e a bailarina onipotente, parecia triunfar sobre a minha derrota, então num gesto estúpido apertei o braço dela e ... quebrei, sem dó nem piedade... pena que eu nunca mais escutei a música por que a caixinha parou de tocar tambem...

escrito em: 25/06/07

Nenhum comentário:

Postar um comentário