segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amor de rotina


Era um inicio de madrugada amena e tranqüila para ela,
Que nem viu quando o Sr. Tempo passou a passos desapressados na calçada bem ao seu lado
Tentava dormir, talvez sonhar... afim de espantar a monotonia do dia...
Mas a madrugada já esperava por ela ansiosamente
Para cobrir de solidão, aquela que já não se sentia suficientemente acompanhada
E assim seguiram pela noite : a solidão, a madrugada e ela
E por um momento não existiu madrugada, apenas solidão
O celular toca, e então pensou ela: “uma mensagem daquelas que causam borboletas no estomago”
Mas não foi capaz de causar,
Nem um pequeno sorriso de canto de boca...
Então ela pensou que não havia.nada pior que amor requentado,
paixão de rotina...comercial de margarina.
E ela sentia-se sozinha, mas dançava um samba a dois...
O sentimento já não era protagonista, apenas plano de fundo...
E então concluiu que onde nada incomoda e o mundo é perfeito
o chão acaba empoeirado como chão de casa abandonada, em conto de fadas.
Então desejou abraça-lo demoradamente, naqueles abraços que alcançam a alma
Desejou brigar, sentir ciúmes, fazer birra
Mas já não seria possível, e então ela sorriu e pensou:
-ei baby! amor precisa de graça! Graça e pirraça.

escrito em: 02/04/09

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