segunda-feira, 20 de julho de 2009

Esse imenso e desmedido amor


"Eu já não sei quem sou, tão dedicada a ti..." Talvez as linhas saiam [estáveis como a cidade] e talvez o texto saia daquelas ideias que vem e vão, mais abstrato que toda abstração musical sentida agora... Sentada da frente do computador, querendo esquecer, ou sentir alguma coisa que substituísse toda aquela melancolia...não que tenha sido um dia ruim, mas são cinzas sempre nos cobrindo de sombras...e cores... cores escuras e sombrias...o pôr do sol era cor de estanho, o céu era piscina de sangue, sua dor já não parecia significar muita coisa diante da sua visão tão embaçada da vida...foi pra escola, pegou um ónibus lotado e em todos os outros caminhos você estava... outro ónibus vazio agora...a ausência de barulho e o ónibus se afastando a passos rápidos da loucura do centro, parecia ser ainda pior e a paz que não viria, a agonia...seguiu para mais um de seus deveres que naquela tarde se tornou longo e doloroso, e todos os carros de som pareciam tocar a música, tudo era você, menos o material, queria tocar...quis que o vento fizesse mais contato com sua pele e sentou novamente na janela, onde enxergou novamente todas as cores belas do dia, mas tinham sabores diferentes...[se fosse só sentir saudade, mas tem sempre algo mais]

escrito em: 23/10/07

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