segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nada que digam poderá atenuar de alguma forma o que eu sinto.
meu coração vazio anda sem espaço para declarações, para amizades, para sorrisos...
Hoje eu não quero a casa cheia, nem as janelas piscando com assuntos interessantes e fofocas da hora...
Não quero correr de alegria, nem esperar o momento certo para dar um belo susto em alguém...não quero correr riscos, nem procurar a sombra de uma árvore.
Não vou olhar pra lua, nem esperar o por do sol...
Vamos sim, contar as estrelas e ver que o número não é maior que minhas confusões.
Hoje não darei sorrisos soltos, nem palavras serenas, nem beijo na boca.
Dispenso o abraço apertado e as brincadeiras...
Tirem a música e o sono.. a previsão do tempo...
Não acenda os incensos, a não ser aquele com cheiro de solidão.
apague as luzes...
por que hoje eu não quero provar do seu fel
nem ouvir suas lamurias, hoje eu quero sair só, me descontrolar e correr nua na rua.
quero fechar a porta e não escutar barulho... e não mecha a fechadura, nem chame por mim
eu não estarei aqui, nem eu...nem meu consolo minha alegria, minha paz...
e meu espírito já cansou da dor, cansou das falsas amizades, da decepção
das futilidades, qualquer música agora é ruído desagradável, e o coração já não toca mesma musica alegre, resolveu jogar sua serpentina fora... cortou seu nariz de palhaço e suas saias coloridas, jogou todos os enfeites fora, as pulseiras de momentos agradáveis foram para o lixo e ela se entregou a tempestade.

escrito em: 23/09/07

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